quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Aeromóvel - Palestra Fernando Mac Dowell - Dia 18/10

Prezados,

Começo parabenizando a iniciativa do Prof. José André em trazer o Prof. Fernando Mac Dowell à nossa instituição e todos os alunos que, literalmente, lotaram o anfiteatro ontem. Tenho certeza que o encontro foi produtivo e enriquecedor para ambos os lados.

É realmente importante trazer essas discussões para o espaço da UnED e “forçar” nossa participação e opinião em projetos de tal magnitude.

Agora, aconselho aos que compareceram ao debate que não ignorem o restante desse texto, sob pena de preservarem uma opinião enviesada sobre o tema, e até porque, se eu parasse por aqui, não seria eu.

Então vamos olhar algumas opiniões divergente que venho colhendo de dentro e fora da Prefeitura de nossa cidade, relativas à viabilidade e utilidade desse projeto, desde que este surgiu em discussões acaloradas nas singelas esquinas de Nova Iguaçu.

Não entrei nesses méritos durante a palestra por considerar que o espaço disponibilizado para o Prof. Mc Dowell deveria privilegiar aspectos técnicos e pelo próprio avançar da hora, bem como para não abalar a fama de acolhedora e receptiva que nossa instituição conquistou. Mas já que o tema político-burocrático foi abordado, acredito valer uma menção a demais pontos de vista. Prometo, inclusive, levantar essas questões com o Professor, em momento propício, e divulgar em espaço equivalente as suas defesas ao tema.

Existe um projeto, ou a intenção, pelo menos, de se elevar os trilho do trem da Supervia no trecho em que este recorta o centro comercial de nosso município, com fins de incremento visual e urbanístico, incentivando assim mais crescimento para Nova Iguaçu. Salvo engano, a simples construção e posterior integração aeromóvel-trem oneraria ainda mais essa obra, inviabilizando em definitivo essa tão benéfica elevação das linhas.

A utilização, em específico, do trecho “Santa Rita”, para o transporte de cargas nos horários alternativos (informação convenientemente omitida na apresentação) foi fato que sempre me soou tendencioso, visto o benefício criado forcosamente para plantas industriais recentemente instaladas na região. Incomoda-me, em particular, ver parte a iniciativa privada ser beneficiada por projetos públicos de forma tão suspeita.

Vale também ressaltar que o espaço onde supostamente será posicionado o aeroporto e que se conseguiu preservar “quase” intacto até o momento, é um espaço chave e de crescimento natural de uma cidade posicionada entre outros municípios e uma serra que nos impede de progredir em tamanho, o que, a meu ver, faz com que seu uso deva ser pensado com mais prudência.

É opinião pessoal que, além de manter baixo o perfil de construções da cidade (fato que não sei classificar como positivo ou negativo), instalar um aeroporto, mesmo que de uso limitado, no centro de uma cidade populosa como a nossa, possa ser plantar uma bomba já próxima de explodir. Vide exemplo negativo e de difícil solução que é Congonhas.

Não deixando de mencionar que projetos mais simples, baratos e, talvez, mais impactantes e que já foram deixados de mão anteriormente poderiam substituir o Aeromóvel no uso dessa verba, além do fato de que a viabilidade de tal projeto estará, fatalmente, atrelada a uma continuidade política de benefícios questionáveis para o município.

Fecho afirmando que não sou contra, nem a favor. Muito pelo contrário...

Só achei prudente apresentar esse resumo das opiniões de alguns que me cercam, considerando também o outro lado dessa pesada moeda.

Sds.,

Vinícius Pipa

Nenhum comentário: